quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A Felicidade
Por João Cuenca
Felicidade é quando nossos pés descalços afundam na areia, e nos beijamos nos lábios, e afundamos nossos corpos um contra o outro num abraço incondicional, e chove forte sobre as nossas cabeças e as gotas são esferas de vidro com recordações do que ainda não vivemos, e as gotas se transformam em asas de gaivotas que rasgam o horizonte, e não há culpa sobre os nossos ombros quando eu olho para você e enxergo outras, quando você olha me vê e eu sou vários, e a combinação infinita entre esses milhões de casais que moram dentro dos nossos olhos caminha até o mar quente que nos envlve em ondas, e nos molha a todos, os vários de nós dois entrelaçados em combinações improváveias, até que a palavra "outro" perca totalmente o sentido, até que nos encontremos no ponto onde seremos juntos algo que não sou eu e que tampouco é você.
E então, sob a luz de um amanhecer cor de sangue, atravessemos o oceano em queda livrew, e após retorcer o eixo do mundo com as pontas ds dedos, teremos o céu sob os pés descalços, e as cidades do Planeta Terra serão pequenos pontos de luz abaixo do nossos vôo, nossos sorrisos iluminados como que por fogos de artifício à medida que nos encaramos sem volta, confortáveis em haver perdido o caminho de casa, quando passaso e futuro serão termos sem significado, por que só haverá o presente, o instante agudo onde as órbitas dos seus olhos se refletem nas minhas, e vice-versa, como uma multidão de espelhinhos, até que esses planetas livremente se alinhem como reflexos em oposiçã numa reta perfeita e nehnhum de nós, nunca mais, precise mentir um para o outro.
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