domingo, 12 de outubro de 2008

Demolição da educação: USP, Unesp e Unicamp terão 6600 vagas a distância em 2009















Demolição da educação: USP, Unesp e Unicamp terão 6600 vagas a distância em 2009

Como divulgou esta semana a Folha de São Paulo, a Secretaria do Ensino Superior de Carlos Vogt avança a passos largos na criação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), programa de ensino a distância que envolve as três universidades estaduais paulistas. Vogt espera começar 2009 com 6600 novas vagas nas universidades, todas em cursos a distância.

O projeto é prioritário para Vogt e dito “fundamental” pelo governador José Serra, pois formará professores para os ensinos fundamental e médio, nas áreas de ciências, línguas, física, química e biologia. Segundo versões anteriores do projeto, a meta seria chegar a 50 mil formados a distância por ano (mais do que toda a USP forma hoje).

Como o governo Lula, Serra pretende aumentar drasticamente o número de vagas nas universidades públicas sem aumentar em quase nada os investimentos. Dessa forma, o REUNI de Lula não pode enfiar o dobro de estudantes nas universidades federais sem reduzir pela metade a relação professor/aluno, e as estaduais paulistas não podem simplesmente formar 50 mil estudantes a mais por ano sem comprometer totalmente as condições de ensino e a formação desses estudantes.

Assim, o real projeto de Serra é sucatear e destruir não só o ensino superior, criando dezenas de milhares de vagas de segunda linha a distância nas universidades estaduais, mas também o ensino nas escolas estaduais, inflando a oferta de professores com formação precária para poder reduzir ainda mais os salários e acabar de vez com a escola pública. Se hoje, depois de anos de rebaixamento dos salários e deterioração das condições de vida dos professores, as escolas estaduais já são totalmente incapazes de formar os estudantes, sobrevivendo apenas como instrumento de repressão e controle, que restará das escolas após a implementação da Univesp de Vogt e Serra?

Hoje, depois de décadas destruindo a escola pública, ao “descobrir” que um estudante da oitava série não sabe ler e escrever nem fazer as quatro operações matemáticas básicas, o governo e a imprensa burguesa apontam os professores como os grandes culpados. Para completar, o mesmo governo e a mesma imprensa defendem com entusiasmo a formação de 50 mil professores por ano em cursos virtuais! Assim, daqui a poucos anos, quando não restar nada da universidade e da escola, poderão novamente jogar a culpa sobre os professores “incompetentes”, cuja formação eles mesmos destruíram!

Diante da falência da universidade como formadora de quadros intelectuais burgueses, não podemos aceitar a universidade como formadora de mão-de-obra barata para o capital! Re-fundar a escola e a universidade para uma formação libertária e socialista!

Não à destruição da universidade e da escola!

Abaixo a formação precária a distância!


Mais vagas com mais professores na sala de aula!

Re-fundar a escola e a universidade!

Um comentário:

LaíS Rojas disse...

nossaa, eu sou completaente contra a os famosos EAD, mew, onde iremos parar?? esse pessoal.....eles querem só o nosso dinheiro, bando de safados...rssss...é sérioo....como tem mais custos, construir um prédio, salas, professores, e etc....preferem, investir..nesses cursos a distancia..aff.....